Desde a sua criação em 2009, o Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela acredita no enorme potencial turístico da região e sabe como é importante as comunidades do entorno perceberem as possibilidades de geração de renda e trabalho a partir de economias alternativas, criativas e solidárias baseadas na beleza e qualidade ambiental da região, assim como nos saberes e fazeres de seus moradores e no patrimônio cultural, ainda mais depois da criação do Parque Nacional.
Em 2013/2014 foi realizado o projeto “Circuito Águas do Gandarela: preservação, turismo, trabalho e renda” e em 2015/2016 o projeto “Circuito Águas do Gandarela: geração de renda sustentável por meio do turismo de base comunitária”, nas comunidades de André do Mato Dentro, Raposos, Rio Acima e Morro Vermelho, ambos com o apoio do Fundo Socioambiental CASA.
Em 2022 o Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela entendeu que era importante retomar essa frente de ação, desta vez ampliando e melhorando o Circuito de forma a garantir a sua continuidade para além da realização de um projeto, o que levou à proposta do passaporte para interligar visitantes com moradores.
Essa vivência das comunidades pode permitir a percepção de que o turismo é uma atividade econômica mais justa, saudável e sustentável do que a atividade extrativista de mineração de ferro e ouro que é finita e que deixa para trás passivos ambientais gravíssimos, como a perda dos mananciais de água e da qualidade de vida que os moradores tanto prezam e que os fixou na região. Poderá assim contribuir para a permanência das pessoas nas localidades onde está a sua história, fortalecer suas atividades e modo de viver sustentáveis (que ajudaram a manter a Serra do Gandarela preservada até hoje) e ampliar o movimento de defesa da região.