A Serra do Gandarela fica nos municípios de Caeté, Santa Bárbara e Rio Acima e suas águas límpidas formam o Ribeirão da Prata que atravessa Raposos, onde encontra o rio das Velhas. Parte dela está dentro do Parque Nacional criado em 2014, é região de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado e a vegetação compreende formas de campos rupestres, campos graminosos, florestas, matas de galeria e cerrados, todos em bom estado de preservação.
É belíssima e rica em cachoeiras, biodiversidade (fauna e flora), paisagens, cavidades e patrimônio cultural e abriga a área mais significativa de campos ferruginosos e de Mata Atlântica no Quadrilátero Aquífero-Ferrífero. É um divisor de águas que vertem para as bacias do rio das Velhas (São Francisco) e do rio Piracicaba (Doce) e nela está o maior volume de águas subterrâneas e nascentes de água pura da região central de Minas Gerais.
É importante área de recarga de aqüíferos (característica intrínseca às cangas), com grande concentração de nascentes, córregos e rios, mananciais considerados estratégicos inclusive para o abastecimento presente e futuro da região metropolitana de Belo Horizonte, em face do seu contínuo crescimento populacional. Há ainda a presença da Lagoa do Metro, lagoa de altitude em relevo de canga ferruginosa, formação geológica muito rara.
Entre as dezenas de cavidades no seu topo, está a paleotoca da Serra do Gandarela, cavidade (caverna) natural de gênese única em canga ferruginosa classificada como de relevância máxima por suas características, que tem vários túneis num total de 340 metros de comprimento e foi escavada por animais da megafauna, extinta há mais de 10.000 anos. Os tetos e paredes são arredondados e na rocha há a ocorrência abundante de marcas de garras de preguiça-gigante de dois dedos (milodontídeos cavadores), mamífero pré-histórico que habitava as Américas e era herbívoro, mas não se descarta a contribuição na escavação de outros animais como tatus gigantes.
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